Churras na Vó Creuza

Hoje tem churrasco na vó. Na vó Creuza. A família vai estar quase toda lá. Acho que não devem ir os de sempre, os que quase nunca vão: Domi e Mauri. Até a Eudinha está lá (ela veio ao Brasil por causa da Bienal). Eudinha é a minha tia internacional, mora fora do país há uns 15 anos. Faz tempo. Vai estar também todo mundo da casa da Gi: meu tio Gustavo, meus primos Vini e Isabella, e até a namorada do Vini, a Kelly (fui com eles ao cinema ontem, assistimos a Janela Secreta -bom filme). Mas voltemos ao churrasco, que vai ser legal. Sempre é. Bate-papo, tiração de sarro, comida, futebol na TV, crianças brincando, gente bebendo. Um sarro. Ah, mas vai ter desfalque, sim. O Ícaro não vai, nem a Flávia. Eles trabalham todo final de semana, não dá tempo de eles almoçarem com a gente. Mas o Bruno, que também trabalha, pode ir lá pelo menos pra almoçar. Pena, ia ser legal juntar todo mundo, como só aconteceram poucas vezes. A última foi no casamento do Jubi com a Lizely. Foi demais. Queria que rolasse isso mais vezes. Amo minha família. Muito.

atilac dom 25.abr.2004 11:34:00

Kill Bill – Vol. 1, da banalização à ridicularização da violência

Não podia ter sido melhor. A sensação que eu tive depois de assistir ao novo filme do Tarantino foi de satisfação total -ou quase, porque ainda resta saber como a história acaba, e ela só acaba com o Vol. 2.

Ando dizendo às pessoas que ainda não assistiram que Kill Bill é o renascimento do mestre Tarantino. Uma das coisas mais bacanas do filme são as referências, incontáveis. Ao mangá, ao animê, a Bruce Lee, a Star Wars. Aos filmes B de luta dos anos 70, a Matrix. Demais. Não bastasse esse lado de referência, que também é uma forma de homenagem, o filme também é, na minha opinião, uma crítica.

Alguns têm reclamado que Kill Bill tem cenas de violência em excesso, crueldade demais e muito sangue. Tudo é verdade. Mas uma coisa que esses críticos talvez não tenham percebido é o tom da violência. As cenas de violência de Kill Bill são tão absurdas, tão improváveis, tão exageradas, que são cômicas, fazem rir. Por isso não é de estranhar que grande parte da sala de cinema em que assisti ao filme tenha se afogado em gargalhadas diversas vezes -só pra constar, vi no Bristol, lá na av. Paulista com a Augusta, na sexta-feira à meia-noite, acompanhado dos meus amigos Flávio Japa, Adriano, Daniel e Simone, todos do meu curso da pós.

Essa violência absurda é uma referência aos mangás japoneses, sempre exagerados. E a crítica a que me referi é óbvia. Tarantino está criticando, à sua maneira, os filmes que são pretensamente violentos. E talvez até a própria violência que periodicamente surge, na sua forma extrema, nos fatos noticiados pela imprensa. 

Importante destacar também que tudo o que Tarantino mostra, desde os braços amputados até as cabeças decepadas, não é novidade para ninguém. Nem para as crianças, que, a partir do momento que possuem um computador e conexão à Internet, têm acesso livre a todo tipo de violência. Nesse sentido, Tarantino talvez queira nos lembrar que tudo o que Kill Bill traz em matéria de sangue já está, por exemplo, nos desenhos animados de Happy Tree Friends.

Não dá pra falar do filme sem falar também das cenas de luta, que são um verdadeiro show. Uma Thurman não parece, ela é uma puta lutadora de artes marciais e usa espada samurai como ninguém. Lucy Liu está foda. Aliás, todas estão. Mas a atriz que mais surpreende no filme é Chiaki Kuriyama, que faz a colegial assassina chamada Gogo. Ela é simplesmente surpreendente. Na verdade, não exatamente pela forma como luta, mas sim pela maneira como encarna a personagem. É impressionante. Veja e me diga se não estou certo.

Não é possível gostar de Kill Bill lhe assistindo com outro olhar, a partir de outro ponto de vista. O que parece é que Tarantino deixou de tratar da banalização da violência em seus filmes para tentar ridicularizá-la, mostrar também como ela pode ser cômica. Se não é isso, pelo menos ele prova que sabe manipular o tema como ninguém, nos fazendo rir de algo que sempre assusta.

PS: Uma Thurman e Lucy Liu estão lindíssimas no filme. Em especial Lucy, com aqueles olhos puxados e aquele cabelo negro superliso que me deixam louco…

atilac dom 25.abr.2004 09:55:00

Mais um louco nas ruas de São Paulo

Este post é dedicado ao meu primo Bruno, que hoje, ou melhor, ontem, passou no exame prático para ser motorista.

Parabéns, Brunão. E vê se usa essa arma com consciência, hein? 

(Mais um que agora pode me dar carona quando for preciso. hehe.)

Pra quem não conhece o Bruno, ele estuda Tecnologia e Mídias Digitais na PUC-SP. Tá seguindo os mesmos passos do meu irmão Ícaro, que está no último ano do mesmo curso, e os meus, que estou fazendo pós em Mídias Interativas, no Senac.

Aí você me pergunta: e o Kiko? E eu respondo: foda-se. Se você tá aqui, é pra ler o que eu quiser postar.

atilac sex 23.abr.2004 01:01:00

Curiosidades sobre Kill Bill e Tarantino

– Para fazer o filme (os dois volumes), foram usados 450 galões de sangue falso (haja catchup e groselha!)

– Tarantino esperou um puta tempo pra fazer o filme porque queria ter a Uma Thurman no papel principal, e a safada engravidou antes de fazer o filme. Ainda não vi KB-1, mas só de ver os trailers imagino que a espera tenha valido muito a pena

– Fazia 6 anos que Tarantino não dirigia nenhum filme. O último foi Jackie Brown, em 1998

– Em 1998, eu estava cursando o segundo ano da faculdade de Jornalismo na PUC-SP e… epa, curiosidade errada

– Tarantino é roteirista do filme Assassinos por Natureza, mas diz a lenda que ele odiou a forma final da obra, dirigida pelo Oliver Stone. Ele teria achado a violência muito desproposital (só pode ser boato mesmo)

– A estrutura narrativa criada por Tarantino foi utilizada em outro filme, não dirigido nem roteirizado por ele, chamado Vamos Nessa! (Go, nos EUA), de 1999. A direção é de Doug Liman, segundo o IMDB. O roteirista de Go é John August, que depois fez o roteiro do filme Charlie’s Angels, com a lindíssima Cameron Diaz

– Novas curiosidades devem aparecer em futuros posts. Aguarde.

atilac sex 23.abr.2004 00:55:00

Mais um copo de sangue, por favor

Yes! Yes! Yes! Ele está de volta. O grande, inigualável, o maior banalizador da violência de todos os tempos. Sim, ele: Tarantino. Impossível não sair do sério, não sentir uma vontade louca de acordar na frente do cinema pra assistir a mais um filme dele. Já fazia tanto tempo… Desde Jackie Brown (que também adorei, lógico). Mas agora não tem por que chorar, só comemorar.

E amanhã mesmo vou ver o filme, desta vez não vou só. Vou com o povo da pós (isso, pós. Assunto pra outro post, aguarde). Vai ser duca. Ducaralho mesmo!

Depois é claro que vai rolar uma resenhinha básica. Ou não. Vai depender do meu ânimo. Se quiser pagar pra ver, mande a grana pra minha conta. Tem duas opções: Caixa ou Real. Onde não importa, o que interessa é que seja muito.

atilac sex 23.abr.2004 00:32:00

Eu – o retorno

Depois de meses fora de atividade, morto, jogado às traças, este blog dá um sinal de vida. Será que volta pra ficar? Será que é só um espasmo antes de morrer completamente? Não sei. E não vou me preocupar com isso. Por isso, guarde essas questões pra você. Só pra você. Não me atormente com idiotices.

atilac sex 23.abr.2004 00:27:00

Um por todos e todos por um

Computação distribuída – ou “de grade” – utiliza tempo de inatividade dos micros pessoais para solucionar questões científicas

Átila Cavalcante

20/02/2004 (publicado originalmente na PC World ou no UOL)

Que tal fazer parte de uma grande pesquisa científica para entender o funcionamento das proteínas ou ainda estudar a evolução das espécies sem saber nada de genética nem de antropologia? Graças aos projetos de computação distribuída, isto não só é possível, como já está consideravelmente difundido.

Também chamados de “computação de grade” ou “processamento em rede”, esses projetos são úteis porque suprem a necessidade computacional de centros e programas de pesquisa que precisariam de muito mais recursos do que dispõem para processar rapidamente a volumosa quantidade de dados que têm em mãos.

Além disso, tornam mais úteis os computadores daqueles internautas que tratam seus PCs como samambaias sugadoras de energia. Isto porque os softwares desses projetos trabalham exatamente quando o micro está no “modo samambaia”, ou seja, ligados, mas sem ninguém usando.

O esquema é simples, mas poderoso: o aplicativo de computação distribuída faz download para o micro do usuário de pequenos pedaços de informação do projeto ao qual é relacionado, processa localmente e envia os resultados para o servidor central. Tudo sem chamar a atenção.

Para difundir essa nobre prática e também ajudar o seu computador, caro leitor, a não ficar vegetando, aqui vão descrições e links de alguns projetos de computação distribuída. 

Como diriam os Três Mosqueteiros se navegassem na Internet: um por todos e todos por um!

SETI@home

http://setiathome.ssl.berkeley.edu/

O mais conhecido projeto de computação distribuída utiliza micros de todo o mundo para processar sinais do espaço e tentar descobrir sinais de inteligência extraterrestre. Recomendado para fãs de Jornada nas Estrelas e quem acredita que “a verdade pode estar lá fora”.

Intel® Philanthropic Peer-to-Peer Program

http://www.intel.com/cure/

Tem o objetivo de unir milhões de PCs e criar o sistema de computação mais poderoso da Terra, além de promover a adoção e a aceitação desse tipo de projeto na pesquisa científica. Traz links para pesquisas da área médica que utilizam a computação distribuída.

FightAIDS@Home (FAAH)

http://fightaidsathome.scripps.edu/download-FAAH.html

Desenvolvido por uma empresa chamada Entropia, especializada em softwares de computação distribuída, o FightAIDS@Home tenta encontrar componentes que possam servir na luta contra a doença. Segundo a empresa, há cerca de 60 mil PCs de 20 países envolvidos no projeto. Só uma máquina com 14 terabytes de memória e 1.335 terabytes de espaço em disco poderia substituir a rede formada.

Google Compute

http://toolbar.google.com/dc/offerdc.html

Para o internauta participante do Google Compute, a única coisa visível é o botão com ícone de dupla-hélice (representando o DNA) localizado na Google Toolbar. A idéia do site mais famoso de buscas da atualidade é beneficiar uma série de pesquisas, não apenas uma. Por enquanto, os voluntários ajudam apenas o projeto Folding@home (leia abaixo).

Folding@home

http://www.stanford.edu/group/pandegroup/folding/

Como funcionam as proteínas, as responsáveis pela realização das instruções presentes no nosso DNA? Esta é a pergunta que este projeto pretende responder, para tornar possível a descoberta de medicamentos de combate a doenças como o Alzheimer, a Vaca Louca e o Mal de Parkinson. Há versões do software para download em modo gráfico, proteção de tela e console (somente texto).

Evolution@home

http://www.evolutionary-research.org/index.html

Analisar possíveis causas genéticas relacionadas ao desaparecimento de determinadas espécies.

atilac sex 20.fev.2004 22:47:00

Toolbar, para que te quero?

Google, MSN, Yahoo! e AltaVista oferecem ferramentas de navegação que facilitam a vida do internauta

Átila Cavalcante

14/02/2004 (publicado originalmente na PC World)

O objetivo delas é tornar a vida mais prática e simples, apesar de ser difícil decidir com qual ficar. Longe de ser um problema, a quantidade de opções e recursos é outra qualidade das toolbars – barras de ferramentas, em português.

As quatro barras resenhadas – Google Toolbar, MSN Toolbar, Yahoo! Companion e AltaVista Toolbar – têm versões oficiais disponíveis apenas para o navegador Internet Explorer (a partir da versão 5.0). Com funções em comum ou “emprestadas”, cada uma traz suas vantagens sobre as outras.

Preferida por muitos já em uma de suas primeiras versões (1.1.62-big/pt), a Google Toolbar (http://toolbar.google.com) faz buscas em toda a Web, no site em que o internauta está navegando, traz o botão “I’m Feeling Luck!” (Estou com sorte) – representado por um trevo de quatro folhas –, procura imagens e termos no Grupos Google e no Google Diretório. Permite ao internauta votar a favor ou contra uma página e apresenta a colocação do site no ranking do Google – de 0 a 10.

Além disso, possui um botão para obter informações sobre a página, links relacionados e diretório em que está listada no Google Web Directory. Há outros dois botões: o primeiro sobe um nível no endereço do site; o outro destaca em amarelo na página os termos procurados (este recurso está presente também na barra do MSN e do AltaVista).

Assim como o Google, a Microsoft colocou em sua MSN Toolbar (http://toolbar.msn.com), versão beta 1.0, recursos exclusivos, como o acesso instantâneo ao Hotmail, ao MSN Messenger (que abre o software se este já estiver instalado) e ao My MSN (área pessoal disponível para quem é cadastrado no .NET Passport – www.passport.net). A barra traz ainda botões para o site MSNBC News e para ativar o Pop-up Guard, que bloqueia as medonhas janelas pop-up (para autorizar um site a mostrá-las, clique em Options > guia Toolbar Buttons > Pop-up Guard Settings > guia Allow List).

Nas opções de busca, o usuário pode pesquisar notícias da MSNBC (em inglês), a MSN Encarta, o MSN Money, Shopping, Movies, o White Pages (para buscar pessoas) e o Yellow Pages (busca de empresas).

Se você achou muito, prepare-se para o Yahoo! Companion (http://br.companion.yahoo.com), que está na versão 5.1.6.0. Não é necessário, mas recomenda-se ter uma conta no Yahoo! Mail para poder tirar proveito de todas as funções desta barra.

A Companion tem de tudo. Quer mandar cartões? Quer saber o clima da sua cidade? Passar cantada no bate-papo? Abrir o Yahoo! Messenger? Para tudo, basta um simples clique. O problema dessa overdose de funções é que, se quiser deixar à vista todos os botões, o usuário precisará esconder o texto dos botões em Personalizar > Mostrar só ícones.

A impressão é que a barra deixa um pouco de lado a pesquisa, já que, além da busca simples, traz apenas pesquisa no Yahoo! Leilões, de cotações de papéis dos EUA e da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

O excesso de botões também é um grande problema da AltaVista Toolbar (http://toolbar.altavista.com), versão 1.22. Grande, mas provavelmente o único.

Entre as suas diversas vantagens, está o botão “Translate”, do mecanismo Babel Fish Translation, que tornou ainda mais fácil traduzir termos e sentenças simples. Basta escolher entre digitar no campo de busca, copiar o texto (não é preciso colar) ou selecionar o texto na página. Depois, clicar em Translate e optar pelo idioma em quem está o termo e para qual você deseja que ele seja traduzido (as opções abrangem dez idiomas).

Há muitas outras funções, como a AltaVista Calculator (digite a equação no campo de busca e clique em “Calculate”), o Pop-up Blocker (para bloqueio de janelas pop-up, porém sem lista de endereços autorizados) e o Last Search (que refaz a última pesquisa).

Depois desta enchente de botões, recursos e novidades, vale a pena testar todas as toolbars para descobrir qual delas atende melhor às suas necessidades. Se não conseguir decidir, o jeito é aumentar a resolução do seu monitor para não perder espaço demais na tela.

atilac sáb 14.fev.2004 21:56:00

Jesus teve um processo justo? Leia e tenha uma boa aula de direito

“Jesus teve um processo justo? Para os cristãos, ele foi vítima do ato mais odioso possível, um deicídio. Para os homens de hoje, ele foi julgado e executado em condições terríveis e cruéis. Mas o historiador não deve julgar em função da época em que ele vive, mas em função da época que estuda. Nessas condições, é forçoso constatar que, do ponto de vista estrito do Direito romano, não há nenhuma ressalva a fazer na maneira como Pôncio Pilatos conduziu o processo.”

Leia o artigo completo de Yann Le Bohec.

atilac qua 24.dez.2003 06:23:00

Não sou humano?

Veja o resultado do teste que fiz no site da IstoÉ:

O SEU ÍNDICE É: 0,745

O super-humano teria índice igual a 1. Mas, em 
média, uma pessoa teria esse fator entre 0,84 e 0,94. Abaixo disso, é preciso parar para analisar que atributos humanos você está deixando de desenvolver. Lembre-se que ser humano significa potencializar virtudes. Não 
o contrário! Nem tente aproximar-se demais do 1. 
Isso é coisa para heróis imaginários. Agora, se o seu índice for muito baixo…aí é melhor fazer uma avaliação mais apurada. Para se ter uma idéia, o robô mais “humano” que existe tem índice de 0,17.

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Comentário: alguém aí, por favor, pode ajustar meus parafusos?

atilac sex 05.dez.2003 22:56:00