02.04.2008

Os 5 melhores livros

Lia e eu estávamos discutindo quais são os 5 melhores livros que já lemos até hoje. Ela acha difícil votar em apenas 5, assim como eu, mas fizemos um esforço e colocamos aqui nossa lista dos livros mais legais de todos os tempos (entre aqueles que lemos, lógico).

Os livros da Lia (não necessariamente nesta ordem):

– Cem Anos de Solidão (Gabriel García Márquez)
– O Morro dos Ventos Uivantes (Emily Brontë)
– Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago)
– O Estrangeiro (Albert Camus)
– O Retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde)

Os meus livros (idem):

– Ensaio Sobre a Cegueira (José Saramago)
– Amor de perdição (Camilo Castelo Branco)
– Chatô, o Rei do Brasil (Fernando Morais)
– Dom Casmurro (Machado de Assis)
– A Sagração da Primavera (Modris Eksteins)

Você pode concordar ou não com a lista, mas que os livros são importantes e alguns dos melhores, não há dúvidas!

atilac qua 02.abr.2008 03:01:00

24.03.2008

Mesa de Bar

Três velhos amigos se encontram em um boteco do centro de São Paulo pra algumas rodadas de chope…

_E aquele de 1977? Ta lembrado, Chaça? O “Massacre do Morumbi”, histórico?
_Ô, se to, Navalha! Aquilo lá foi fenomenal. Um massacre mesmo, impressionante. E ninguém tava esperando. O povo tava literalmente dormindo.
_Dizem que o mérito é da turma do Jair. Ces concordam?
_Tá louco, Boina?! O Jair não tava com essa bola toda, não. Esse aí era café-com-leite ainda, tava começando. Nem tinha o domínio da coisa direito.
_Ah, falou, viu? Então ce quer dizer que em 83, quando ele mandou aqueles 12 pro espaço, o Jair já tinha aprendido tudo o que precisava? Ce não tá querendo dizer que ele é um gênio da arte, né?
_Pó pará! Aí também discordo de vocês. Nunca vi um gênio nesse meio. Quer dizer, só o Claus. E olha lá!
_Vai à merda, Chaça! O Claus era um alemãozinho de merda, metido a besta! O cara era tão sujo, tão sujo, que eu, que já pendurei a chuteira e tenho uma puta experiência no assunto, fico constrangido até hoje com a
safadeza do cara.
_Também fiquei sabendo dessa fama do Claus, Nava. Tem um boato forte aí que diz que ele era só mandante, não fazia
nada. E nem mandar sozinho sabia. Parece que tinha sempre uns 3 ajudando a planejar tudo.
_Era um frouxo de merda. Assim até minha avó Zilda, que treme quando pega uma Uzi na mão por causa do Parkinson.
_Porra, Nava, não mete avó no meio, aqui no bar. Pior que avó, só mãe.
_Puta, foi mal. É que só de lembrar do estilo do cara já fico irritado…
_E aquela que até hoje ninguém sabe quem foi, em 70, lá em São Januário, no Rio?
_Essa é clááássica, Chaça. Ninguém tem certeza, mas uma vez encontrei um cara em Ramos que reivindicou a autoria. Nem vou falar o nome porque não acredito no mané. Ces sabem, não dá pra confiar, nesse meio todo mundo
sempre conta vantagem. E ficar espalhando fama dos outros não é bom pra gente, o mercado tá concorrido…
_Total, Boina. Conheço gente que mataria a própria família pra ser conhecido como o autor daquilo. Foram 13, né?
_Por aí. Era um cortiço, tinha muita gente…
_Também teve aquela no Pacaembu, em 82. Foram 9 de uma vez só.
_Claro que to ligado. Fui eu.
_Há! Você o cacete, Nava!
_Tá duvidando, Boina??? Por que ce não acredita em mim?
_Ce nunca teria feito um negócio daquele. Foi perfeito. A polícia só descobriu 3 dias depois!
_Aquele pessoal não devia ser muito bem visto na vizinhança mesmo. Magina só, perceberem que você morreu só 3 dias depois…
_Olha, Boina, se ce acha que não é capaz de fazer aquilo, não vem jogar o seu complexo de inferioridade em cima de mim, beleza?
_Nava, antes que eu me esqueça, vai pra puta que te pariu. Eu sei muito bem que não foi você que pegou todo mundo porque eu tava lá e vi com meus próprios olhos. Eu era da gangue, sacou? Tenho até foto do episódio.
_Tem, sim. Acredito, viu?
_Olha, cara, vai parar de me tirar ou não? Se não parar, a gente resolve aqui mesmo!
_Pessoal, pessoal, vamo pará, vai. Pra que brigar, que idiotice. Vamo continuar aqui, com o nosso chopinho numa boa…
_Cala a boca, Chaça. O cara me ofendeu! Num te mete!
_Peraí, Nava, cala a boca você, porra! Eu to tentando apaziguar os ânimos e levo pedrada???
_Pedrada, não, mas pipoco leva, sim!
_Que isso, Nava, abaixa essa arma aí, cara! Não é pra tanto!
_Tá nervosinho, é, Navinha? Tá? Então toma, seu matador de merda!

Tiros e mais tiros. E, apesar da correria, ninguém no bar escapou. Nem o dono do bar, que contrariava a regra de mercado na periferia que proibe o fiado.
Os policiais que entraram depois no local do crime jurariam que o piso do bar sempre fora vermelho, cor de sangue. Saldo da querela: 23 mortos. Como não sobrou ninguém pra contar a história, até hoje os matadores profissionais tentam descobrir quem foi o autor do “Massacre do bar do Almeida”, como ficou conhecido o desentendimento entre Boina, Chaça e Navalha.

(Originalmente publicado aqui.)

atilac seg 24.mar.2008 05:34:00

27.12.2007

Por formatos de arquivo livres e abertos

À medida que os documentos reais se tornam virtuais, e o uso destes documentos virtuais se torna mais comum e popular, é fundamental que sejam tomadas medidas para proteger os cidadãos dos interesses do mercado. Isto é necessário porque nenhuma empresa tem como objetivo final o bem-estar das pessoas, mas, sim, o seu lucro, independente de quão bons sejam seus produtos.

Os consumidores e usuários não têm obrigação de entender a necessidade desses padrões. Cabe aos governos evitar o abuso por parte das empresas de tecnologia e impor limites à ganância dessas mesmas empresas.

Uma das razões mais fortes para o domínio do mercado de aplicativos de escritório pela Microsoft é este. Porque o sinônimo de formato para arquivos de texto é o DOC, para planilhas de cálculo é o XLS e para apresentações, o PPT/PPS, e todos pertencem à empresa.

Na era Digital, só existirá competição mercadológica digital leal e liberdade dos cidadãos-usuários quando houver padrões livres e abertos para os formatos de arquivo trocados entre as pessoas. E quando estes formatos forem de adoção obrigatória por todas as empresas fabricantes de software e pelos governos e instituições públicas de todo o mundo.

Isto não é ditadura. Tudo depende de como a coisa é feita.

A iniciativa do ODF (Open Document Format) mostra que a maneira mais democrática e rápida é criar uma associação de empresas, órgãos públicos e desenvolvedores independentes que tenham como objetivo a criação e melhoria dos padrões livres e abertos de formatos de arquivo, como é a OASIS (criadora do OpenDocumento Format, conhecido como ODF).

Essa associação, aliás, surgiria da própria OASIS, que deixaria de existir, mas seria a base para a criação da nova. Isto é necessário para dar mais credibilidade à associação, já que a OASIS foi criada por uma empresa privada (a Sun), ainda que com ajuda da comunidade de software livre. O ideal e mais seguro é que a associação seja diretamente ligada a um órgão como a ONU ou uma espécie de W3C, e com apoio explícito da OMC, que tem poder para determinar práticas de mercado.

As empresas poderiam continuar desenvolvendo seus próprios formatos, mas seriam obrigadas a dar suporte ao formato aberto padrão para cada tipo de arquivo. E os seus formatos deveriam ser obrigatoriamente compatíveis com o formato aberto e livre.

A Apple poderia manter o NUMBERS, mas também teria de dar suporte ao padrão aberto de planilhas de cálculo, e o NUMBERS deveria ser compatível com o formato aberto. Da mesma forma seria com a Microsoft e o seu XLS.

Não é preciso esperar que um formato se torne padrão pela sua popularidade. Governos e instituições não-governamentais devem se antecipar a isto para evitar a concorrência desleal e o monopólio no mundo digital.

Naturalmente, a associação teria de ser formada pelas empresas interessadas em contribuir com o desenvolvimento dos formatos. E essa associação deveria deixar aberta a possibilidade de a comunidade de software livre contribuir com o desenvolvimento. O peso destes participantes teria de ser o mesmo na tomada de decisões.

Alguns participantes fundamentais:

– Todo e qualquer desenvolvedor interessado
– ISO
– ABNT (no Brasil)
– Microsoft
– Adobe
– Apple
– Google
– Yahoo!
– OMA
– Motorola
– Nokia
– Sony
– Sony Ericsson
– Palm
– Intel
– AMD
– Nvidia
– ATI
– Nintendo
– BlackBerry
– Xerox
– HP
– Sun
– IBM

Além dos fabricantes e desenvolvedores de formatos de arquivo de música, vídeo e de outros sistemas operacionais, como os criados do MP3, AAC, MPEG, etc.

Assim como a IEEE determina padrões (lembre-se do FireWire), essa associação determinaria todos os padrões de formato de arquivo destinados ao uso pelo grande público.

Alguns padrões abertos e livres poderiam ser baseados nos já existentes e populares. Exemplos:

– Compactação: 7Z (do 7-ZIP)
– Vídeo: MP4
– Música: MP3
– Documentos protegidos (não-editáveis): PDF (da Adobe)
– Animações: SWF (do Adobe Flash)
– Vídeo portátil: 3GPP2 (da 3GPP)
Além dos já determinados pela OpenDocument Format Alliance:

– Documento de Texto: ODT
– Apresentações: ODP
– Planilhas e fórmulas matemáticas: ODS e ODF
– Imagems: ODG

Entre outros.

Alguns deles já se tornaram padrão por imposição do mercado (seja por parte das empresas ou dos consumidores), ainda que não sejam as melhores opções. Um deles é o MP3, formato antigo que perde para o AAC quando se compara a relação tamanho x qualidade.

Não há dúvidas de que os formatos tenham de ser abertos e livres. A questão mais importante e polêmica atualmente é QUEM vai determinar esses padrões.

E você, o que acha disto?

atilac qui 27.dez.2007 09:30:29

29.11.2007

Review: HTC Touch

Átila Cavalcante
Publicado no Zumo/ZTOP/Interfaces: https://interfaces.news/review-htc-touch/

HTC Touch (preço sugerido: R$ 1.300, podendo variar de acordo com plano e operadora) é um misto de iPhone com um Palm. Isto porque ele tem tela de toque, como o rival da Apple, mas traz também uma stylus, para auxiliar no uso do Windows Mobile 6 Professional. Este é, aliás, um dos primeiros modelos no Brasil com a versão 6 do sistema operacional da Microsoft.

A presença da caneta stylus pode parecer um apoio, mas é sintomática: é uma das provas de que a interface do aparelho não está pronta para ser usado apenas com o toque.

Com exceção do teclado numérico e da tela Today, que apresenta um resumo das principais atividades do sistema (como novos e-mails, mensagens de texto, previsão do tempo e uma lista de programas favoritos), o resto do sistema não foi pensado para ser usado com os dedos – a não ser que você tenha dedos extremamente finos.

O principal ponto forte do HTC Touch é o design. Atraente, pequeno (pouco maior que um Motorola V3), tela grande, leve e com excelente empunhadura, o modelo tem um ótimo acabamento.

Além do botão central (que funciona como um OK e não como o Home do iPhone), há outros quatro: um verde e um vermelho ao lado do central (para fazer e desligar chamadas); um lateral para a câmera (que pode ser configurado para acionar outros aplicativos); e o um único para desligar a iluminação da tela e desligar o aparelho.

Os designers da HTC fizeram uma boa escolha ao posicionar os slots do cartão MicroSD e do cartão SIM: para abri-los, basta retirar a tampa da bateria, ou seja, não é preciso desligar o aparelho para inserir ou retirar os cartões. E graças í  trava da tampa, eles ficam bem protegidos quando estão inseridos. O mesmo acontece com o HTC S411.

Infelizmente, o aparelho não explora todo o potencial da tecnologia TouchFLO, que reconhece e interpreta alguns movimentos e toques na tela. Este talvez seja o principal ponto fraco do aparelho. Mas não é o único. O Windows Mobile 6 Professional se mostrou lento no dia-a-dia para execução de algumas tarefas. Isto é um indí­cio de que a memória RAM embutida não é suficiente.

Naturalmente, quanto mais programas abertos, pior o desempenho do sistema. Porém, mesmo que não haja nenhum programa aberto, não é recomendável utilizar o Windows Live Messenger pré-instalado, que visivelmente “suga” toda a memória disponí­vel e chega a travar o sistema.

No lugar deste, recomendo o uso do Fring, um IM que permite se conectar a múltiplos programas, entre eles Skype, Windows Live Messenger e Google Talk. E a conexão pode ser via Wi-Fi (ponto positivo!) ou por rede de dados.

Quem adquiriu o aparelho sem uma operadora (ou o desbloqueou) vai ter dificuldades para configurar a rede de dados no aparelho. E, apesar de novo, o Touch não trafega dados por 3G, mas sim por EDGE. No entanto, permite conexão via Wi-Fi – fací­lima de configurar. Ponto para a HTC e para a Microsoft.

Se você optar por usar a versão móvel do Skype, poderá conversar com áudio ou texto com seus contatos, sem pagar pelo tráfego de dados. Obviamente, isto só vale se o seu provedor de Internet não cobra pelo tráfego.

A sincronização do Touch funciona bem em PCs com Windows. Já quem usa Mac ou Linux vai precisar de programas alternativos para sincronizar seus dados com estes sistemas operacionais. Uma dica é o Missing Sync, da Mark/Space, que resolve o problema no Mac OS X.

Como não é um celular 3G, a ausência de uma câmera frontal não é notável. E a câmera de 2 megapixels faz fotos razoáveis em ambientes com boa iluminação (ela não possui flash).

A câmera faz fotos e faz ví­deos e pode gravar na memória interna do aparelho ou no cartão MicroSD (uma versão com 1GB acompanha o Touch). Para quem gosta de filmar com smartphones, esta é uma boa vantagem sobre o iPhone, que não grava ví­deos.

O Touch é bonito, com excelente design e a tecnologia TouchFLO permite alguma interação com o sistema por meio do toque. No entanto, o aparelho esbarra nas limitações de interface do Windows Mobile, que não possui uma versão “touch”, pensada para o toque na tela.

Este parece o caso de um aparelho mais avançado que o sistema, e que, por isso, não tem todo o seu potencial explorado.

Histórico de uso
Comprei o Touch de um vendedor no MercadoLivre, exatamente no dia 15 de setembro. Dei um lance e, duas horas depois, já estava com ele nas mãos (desbloqueado para todas as operadoras GSM, com exceção da Vivo). Para ser bastante sincero, optei pelo aparelho porque, na época, ainda era impossí­vel conseguir um iPhone por menos de R$ 3.000 sem pedir a um amigo (amigo mesmo!) para trazer um dos Estados Unidos. Eu achei o Touch um belo aparelho, pelo menos no site da HTC.

Quando o peguei, fiquei surpreso: o aparelho era muito menor do que eu pensava (cabe no bolso de uma camisa sem dificuldade). E mais bonito. Infelizmente, o meu veio com um dead pixel, mas eu o aceitei assim mesmo porque o vendedor me deu um desconto imperdí­vel.

Nunca havia usado um aparelho com nenhuma versão móvel do Windows, somente com Palm OS. Apesar de semelhante í  versão desktop, achei o sistema muito complicado e pouco intuitivo. E ainda hoje levo algum tempo para executar algumas tarefas. E sofro com a lentidão e travamento do sistema, que acontecem de vez em quando.

Em algumas situações, a sensibilidade da tela não parece tão grande. É nestes momentos que sinto falta de um teclado real: ainda sinto que, se “apertasse o botão mais forte” o sistema interpretaria corretamente o comando. Mas isso é só impressão, uma vez que o TouchFLO não diferencia a pressão do toque.

Desde que o comprei, só sincronizei os dados com um PC com Windows uma única vez – todas as outras foram com o meu MacBook (um “Black Beauty” de 2 GHz). Sempre com a ajuda do Missing Sync, que torna possí­vel a sincronização de mensagens de texto, calendário, notas, log de chamadas, fotos, música, emails e bookmarks do Windows Mobile 6 Professional com o Mac OS X.

O Touch é uma boa escolha para quem não faz questão de recursos de multi-toque e de uma tela widescreen com altí­ssima resolução. Ou para quem não foi seduzido pelo rival da Apple.

atilac qui 29.nov.2007 10:00:00

27.11.2007

HTC Touch

Tela de toque com “stylus”

Átila Cavalcante

27/11/2007 (publicado originalmente na PC World ou no UOL)

O novo HTC Touch, que desembarca oficialmente hoje no Brasil, é um misto de iPhone com um Palm. Isto porque ele tem tela de toque, como o rival da Apple, mas traz também uma stylus, para auxiliar no uso do Windows Mobile 6 Professional.

O novo HTC Touch, que desembarca oficialmente hoje no Brasil, é um misto de iPhone com um Palm. Isto porque ele tem tela de toque, como o rival da Apple, mas traz também uma stylus, para auxiliar no uso do Windows Mobile 6 Professional.

(Este é, aliás, um dos primeiros modelos no Brasil com a versão 6 do sistema operacional da Microsoft.)

A presença da stylus pode parecer um apoio, mas é sintomática: é uma das provas de que a interface do aparelho não está pronta para ser usada apenas com o toque.

Com exceção do teclado numérico e da tela “Today”, que apresenta um resumo das principais atividades do sistema (como novos emails, mensagens de texto, clima e uma lista de programas favoritos), o resto do sistema não foi pensado para ser usado com os dedos – a não ser que você tenha dedos extremamente finos.

Infelizmente, o aparelho não explora todo o potencial da tecnologia TouchFLO, que reconhece e interpreta alguns movimentos e toques na tela.

Este talvez seja o principal ponto fraco do aparelho. Mas não é o único.

Lentidão

O Windows Mobile 6 Professional se mostrou lento no dia-a-dia para execução de algumas tarefas. Isto é um indício de que a memória RAM embutida não é suficiente.

Naturalmente, quanto mais programas abertos, pior o desempenho do sistema. Porém, mesmo que não haja nenhum programa aberto, não é recomendável utilizar o Windows Live Messenger pré-instalado, que visivelmente “suga” toda a memória disponível e chega a travar o sistema.

No lugar deste, recomendo o uso do Fring, um IM que permite se conectar a múltiplos programas, entre eles Skype, Windows Live Messenger e Google Talk. E a conexão pode ser via Wi-Fi (ponto positivo!) ou por rede de dados.

Por falar em rede de dados

Quem adquiriu o aparelho sem uma operadora (ou o desbloqueou) vai ter dificuldades para configurar a rede de dados no aparelho.

Apesar de novo, o Touch não trafega dados por 3G, mas sim por EDGE. Uma pena.

No entanto, é um dos poucos que permite conexão via Wi-Fi – facílima de configurar. Ponto para a HTC e para a Microsoft.

Se você optar por usar a versão móvel do Skype, poderá conversar com áudio ou texto com seus contatos, sem pagar pelo tráfego de dados. Obviamente, isto só vale se o seu provedor de Internet não cobra pelo tráfego.

Essa opção de comunicação é particularmente interessante pois permite fazer um paralelo com iniciativas como a da operadora européia 3, que vai lançar um aparelho em parceria com o Skype para permitir ligações gratuitos via 3G.

Sincronização

A sincronização do Touch funciona bem em PCs com Windows. Já quem usa Mac ou Linux vai precisar de programas alternativos para sincronizar seus dados com estes sistemas operacionais.

Uma dica é o Missing Sync, da Mark/Space, que resolve o problema no Mac OS X.

Os pontos fortes

O principal ponto forte do HTC Touch é aquele que diz respeito à empresa: o design. Atraente, pequeno (pouco maior que um Motorola V3), tela grande, leve e com excelente empunhadura, o modelo tem um ótimo acabamento.

Além do botão central (que funciona como um OK e não como o Home do iPhone), há outros quatro: um verde e um vermelho ao lado do central (para fazer e desligar chamadas); um lateral para a câmera (que pode ser configurado para acionar outros aplicativos); e o um único para desligar a iluminação da tela e desligar o aparelho.

Os designers da HTC fizeram uma boa escolha ao posicionar os slots do cartão MicroSD e do cartão SIM: para abri-los, basta retirar a tampa da bateria, ou seja, não é preciso desligar o aparelho para inserir ou retirar os cartões. E graças à trava da tampa, eles ficam bem protegidos quando estão inseridos.

Fotos e vídeos

Como não é um celular 3G, a ausência de uma câmera frontal não é notável. E a câmera de 2 Megapixels faz fotos razoáveis em ambientes com boa iluminação (ela não possui flash).

A câmera faz fotos e faz vídeos e pode gravar na memória interna do aparelho ou no cartão MicroSD (uma versão com 1GB acompanha o Touch). Para quem gosta de filmar com smartphones, esta é uma boa vantagem sobre o iPhone, que não grava vídeos.

HTC x Apple

Meses atrás, no lançamento do iPod touch, a HTC emitiu comunicado à imprensa dizendo que o nome “touch” era marca registrada sua, mas que entraria em contato com a Apple para resolver o conflito.

O Touch é bonito, com excelente design e a tecnologia TouchFLO permite alguma interação com o sistema por meio do toque. No entanto, o aparelho esbarra nas limitações de interface do Windows Mobile, que não possui uma versão “touch”, pensada para o toque.

Conclusão

Este parece o caso de um aparelho mais avançado que o sistema, e que, por isso, não tem todo o seu potencial explorado.

atilac ter 27.nov.2007 22:37:00

29.09.2007

Docks para o resto de nós

Usuários do Windows já não precisam mais invejar o dock do Mac OS X

Átila Cavalcante

29/09/2007 (publicado originalmente na PC World)

Qual usuário de Windows não inveja o Dock, um dos mais charmosos recursos do sistema operacional da Apple, o Mac OS X? Eu, pelo menos, me mordo de inveja. Ou melhor, me mordia: recentemente descobri que é possível, sim, ter um Dock idêntico ao dos computadores Macs, ou pelo menos tão bom e funcional quanto.

O primeiro: Y’z Dock

Primeiro, encontrei o Y’z Dock, praticamente idêntico ao do Mac OS X. Incrível: é parecido em tudo, desde o visual até as configurações. Ele pode ser posicionado em 12 pontos da tela, vem com docklets (ícones com funções especiais) para relógio e lixeira (que mostra a quantidade de arquivos e o espaço ocupado em disco). Além disso, tem diversos ícones – como cliente de email e pastas, por exemplo -, feitos num padrão cinza azulado (sim, feio) que você mesmo pode adicionar; pode ser configurado para o japonês e o inglês (ufa!) e, assim como o original do titio Steve Jobs, aceita todos os ícones que você quiser colocar nele. Detalhe importantíssimo: o Y’z Dock pesa apenas cerca de 980 Kb, ou seja, quase não faz diferença no seu sistema.

O japonês M. Yamaguchi, que o criou (daí o nome Y’z Dock), interrompeu o desenvolvimento (http://yz.designtechnika.com/software/yzdock/index_en.html) do software na versão 0.8.3 depois que uma firma de advocacia lhe enviou uma carta em que ameaçava processá-lo caso continuasse desenvolvendo e mantendo o programa para download. Yamaguchi já retirou o arquivo para download do ar, mas ainda é possível (claro!) encontrá-lo em espelhos. Aqui vão dois deles: http://downloads.planetmirror.com/pub/majorgeeks/appearance/yz_dck0083.zip e http://download.freenet.de/archiv_y/yz_dock_5402.html.

O pior: MobyDock

Poucas horas depois, fuçando mais um pouco, deparei-me com outro dock – este visualmente bem diferente daquele da Apple: o MobyDock (mistura óbvia e engraçada do clássico da literatura Moby Dick com a palavra Dock), que em agosto chegou à versão 0.77 e é compatível com Windows XP e 2000.

Bacana, mas muito “burocrático”, é um pouco chato de usar, pois adicionar ícones não é tão simples e rápido como no Y’z (qualidade do Dock original, da Apple, muito apreciada). O visual é à moda XP: a barra em que ficam os atalhos é azul (como o Luna Theme, skin padrão do sistema da Microsoft) e os ícones padrão são os mesmos do SO: Favoritos, Windows Media Player, Painel de controle, Meus documentos, Internet Explorer, Lixeira, etc., com exceção dos dois primeiros à esquerda, o Screenshot e o Weather (que apresenta o clima da cidade definida por você).

É o que mais combina com o Windows visualmente, porém é o que funciona menos: em pouco tempo de uso (aproximadamente 15 minutos) travou e teve de ser fechado, e só voltou a funcionar decentemente após o micro ser reiniciado. Talvez por ser em inglês, o MobyDock tem um problema: em sistemas em português, como o meu, o caminho dos aplicativos aponta para o local errado. Em vez de procurar os softwares na pasta Arquivos de Programas, ele os busca na pasta Program Files. É preciso reconfigurar os atalhos na mão (o que é muito chato).

Apesar dos paus de vez em quando, as vantagens do Mobydock sobre os concorrentes são o fato de ele continuar em desenvolvimento (a Apple não deve ter se preocupado por enquanto, talvez porque o MobyDock ainda não funcione tão bem) e a ferramenta Screenshot, que tira cópias instantâneas da tela nos formatos PNG, JPG, BMP ou TIFF, com opções para escolher o local de salvamento e para copiar apenas a janela ativa do sistema operacional.

O site: www.mobydock.tk.

O indicado: ObjectDock

Quando já não tinha mais esperanças de encontrar outro dock, eis que surge o ObjectDock, da Stardock, a mesma empresa que desenvolve o WindowBlinds (para personalizar o Windows) e o IconPackager (para criar ícones). Depois de usar o Y’z, não esperava muito dele, mas o ObjectDock, ainda na versão 0.95 beta, conseguiu surpreender.

Apesar de não permitir adicionar separadores (como o Y’z), o ObjectDock possui um recurso que ainda não existe em nenhum dos outros dois, mas que é um dos grandes trunfos do Dock original: o Dock Taskbar. Essa função faz com que programas, janelas e arquivos abertos apareçam no dock. E, da mesma forma que no OS X, as janelinhas no dock são minicópias das janelas maximizadas, ou seja, se o usuário minimiza uma janela do Internet Explorer aberta no site da PC World, a versão minúscula dela mostrará uma imagem igualmente pequena do site. Muito, muito bacana para saber com rapidez quais janelas estão abertas.

Outro grande diferencial em relação aos outros dois é a possibilidade de esconder a barra de tarefas do Windows. O único problema é que, como o dock não possui um Menu Iniciar, será sempre necessário usar a tecla Windows do teclado para abri-lo. Uma pena. Porém, se a Stardock quiser mesmo que os usuários deixem de usar a barra de tarefas de Windows e fiquem apenas com o dock, a empresa provavelmente resolverá esse problema nas próximas versões do utilitário.

Outro atrativo interessante são as três opções de “magnification” (o efeito de aumento dos ícones quando o mouse passa sobre o dock). A diferença é sutil, mas útil dependendo do número de ícones que o usuário mantém.

O ObjectDock é, sem dúvida, o mais bacana de todos. Em vários dias de uso, só travou uma vez. E bastou abri-lo novamente para voltar a usá-lo. Vale a pena testá-lo: www.objectdock.com.

Conclusão

É uma pena que o Y’z Dock não possua os mesmos recursos do ObjectDock. Como ele já não é mais desenvolvido, a probabilidade de que ele incorpore as funções parece inexistente. Já as próximas versões do MobyDock têm grandes chances de surgirem com esses recursos, já que seu desenvolvimento não foi interrompido.

Um ponto comum importante nos docks são os ícones. Todos eles são no formato PNG, o que torna sua criação extremamente simples. (Parênteses: em todos, quando o usuário quer apagar um ícone, só é preciso arrastá-lo para fora do dock. E o efeito de fumaça simulando um objeto se desintegrando – chamado de “Poof” – é idêntico ao do Dock da Apple.)

Para fazê-los, não é necessário construir tamanhos diferentes da imagem (como é exigido para que os ícones de 24 bits do Windows XP funcionem adequadamente). Basta criar apenas um, de 128 x 128 pixels, que diminui e aumenta sem perda de resolução. Uma funcionalidade que a Microsoft deveria incorporar nas próximas atualizações do seu sistema operacional.

Átila Cavalcante

www.interligados.net/atila (meu antigo blog pessoal)

atilac sáb 29.set.2007 22:18:00

24.11.2006

Yahoo! Mail: de cara nova e mais poderoso

Átila Cavalcante

24/10/2006 (publicado originalmente na PC World ou no UOL)

O Yahoo! acaba de modernizar a interface do seu serviço de webmail, seguindo a tendência da “Web 2.0” já adotada por Gmail e Windows Live Mail.

Mais atraente e ainda em versão beta, a interface está muito parecida com a de um cliente de email tradicional. A semelhança do layout com programas populares (como Mozilla Thunderbird e Microsoft Outlook 2003) é a maior entre os três concorrentes.

Uma das vantagens oferecidas pela tecnologia Ajax (uma das bases da Web 2.0) na nova interface é o tempo de carregamento das mensagens. Como não precisa recarregar a página toda, a visualização dos emails está consideravelmente mais rápida que na versão anterior.

A nova versão do serviço de webmail do Yahoo! está mais poderosa que a do serviço da Microsoft, por exemplo, pois apresenta mais features e oferece diversas opções de configuração e personalização, como criação de filtros de mensagem. Mas, ao contrário deste, não permite a troca das cores da interface – uma característica interessante, mas longe de ser essencial.

Um hábito comum no desktop que os usuários poderão utilizar no novo Yahoo! Mail é o botão direito do mouse, que agora apresenta um menu contextual para os elementos (como as mensagens). Presente no Live Mail, esta função oferece ao usuário opções de gerenciamento e amplia o poder da interface. Além disso, o serviço permite usar atalhos de teclado, bastante úteis e práticos.

SPAM e publicidade

Praga da vida digital online, o SPAM não tem vez no Yahoo! Mail. Quer dizer, quase. Apesar de contar com um sistema que reduz o número de SPAMs nas caixas-postais, ele ainda depende da ação do usuário para saber quais mensagens realmente são lixo eletrônico.

Como no Gmail, é fácil marcar uma mensagem como SPAM. A opção para isso é clara e está disponível no menu contextual do botão direito (clicando na mensagem) e na sempre visível na própria interface. Já no Live Mail, não fica claro como fazer isto – seria a opção “Relatar e excluir”?

Outro diferencial do Y! Mail é o aviso de nova mensagem na barra de título da janela do browser. Mesmo com a janela minimizada, é possível saber se há novos emails, pois o número de novas mensagens aparece no início do título. Ele também verifica automaticamente, a cada 10 minutos, se há novos emails. Dos concorrentes, apenas o Gmail possui função similar, enquanto o Live Mail exige uma ação do usuário para fazer a verificação.

A publicidade no Yahoo! Mail ocupa um espaço considerável na interface, com uma grande área à direita da interface, mas também presente em pontos específicos. Similar ao Live Mail, que possui uma propaganda enorme no topo da tela e outra mínima no canto inferior esquerdo, e bem diferente do Gmail, com textos publicitários apenas na tela de leitura das mensagens.

Bom, mas incompleto

Apesar de muito atraente e mais fácil de usar que a versão anterior, a transição do Y! Mail para a Web 2.0 ainda não está concluída.

Como é uma versão beta, apenas alguns usuários podem optar por usar a nova interface (com a possibilidade de voltar para a interface anterior). E muitas ferramentas ainda não possuem versões com o novo look’n feel. As opções de configuração relativas a contatos, contas, endereços, filtros de mensagem, email POP e redirecionamento são exibidas com o design anterior.

Vale mencionar que, nos testes efetuados, o novo Y! Mail enviou mensagens sem problemas e recebeu quase instantaneamente, assim como os outros concorrentes.

O Live Mail, no entanto, enviou uma resposta automática ao remetente de uma das mensagens recebidas, alertando que o endereço de destino não estava disponível. O curioso é que, apesar do alerta, a mensagem chegou corretamente ao Live Mail.

atilac sex 24.nov.2006 22:36:00

26.01.2005

WAP: a internet que você leva no bolso

Átila Cavalcante

26/01/2005 (publicado originalmente no UOL)

Imagine levar a Internet no bolso. Tê-la ao alcance da mão sempre que precisar, para consultar o horário e a sala daquele filme que está passando no cinema, para verificar o saldo da conta bancária, ler as últimas notícias e, até mesmo, conversar em salas virtuais de bate-papo. A solução para tornar tudo isto realidade é o Wireless Aplication (ou Access) Protocol – Protocolo de Aplicações (ou Acesso) Sem Fio –, mais conhecido como WAP ou internet móvel.

Celulares, PDAs e Smartphones conseguem acessar a Internet de qualquer lugar e usufruir de praticamente todos os benefícios da Grande Rede graças ao WAP. Para isso, é preciso ter, além de um desses aparelhos sem fio, uma operadora de telefonia, que também fará o papel de provedora de acesso.

Há diversos serviços disponíveis via WAP. Desde sites de personalização dos aparelhos (onde se encontram papéis de parede, protetores de tela, jogos, fotos e vídeos), sites de bancos e até grandes portais de conteúdo da internet convencional – o próprio Universo Online está lá, no endereço http://wap.uol.com.br.

Se o WAP surgiu para facilitar a vida de todos, levando para o bolso tudo o que a WEB tem de melhor, por outro lado a profusão de marcas e modelos de aparelhos torna a navegação na internet móvel um pouco mais complexa.

A maneira de acessar a internet varia de aparelho para aparelho, conforme a versão do navegador WAP (ou mini-browser, como também são conhecidos) e a fabricante. Também varia de modelo para modelo a forma de acessar os endereços e os serviços disponíveis.

Pensando nisto, o UOL Mundo Digital preparou um tutorial de acesso WAP para alguns dos modelos mais populares das principais fabricantes presentes no Brasil – Nokia, Motorola, Samsung, Siemens e Sony Ericsson.

Este tutorial serve como guia tanto para celulares CDMA (tecnologia utilizada pela operadora Vivo, por exemplo) como para celulares GSM (adotada por Claro, TIM, Oi, BrasilTelecom, Telemig Celular e Amazônia Celular).

É importante notar que, ainda que o seu modelo de celular não conste da lista, vale a pena consultá-la, uma vez que a lógica da interface de um modelo é normalmente observada na maioria dos modelos de uma mesma fabricante.

Para ler o tutorial referente ao seu modelo (ou da fabricante do seu modelo), clique nos links apropriados abaixo:

Sony Ericsson T230

  1. Clique no botão “Menu”, logo abaixo de “YES”
  2. Entre na opção do portal da operadora
  3. Selecione a opção “Dig. Endereço”, digite o endereço (por exemplo, http://wap.uol.com.br) e clique no botão central ou em “YES”. Você será
  4. Para gravar o endereço nos Favoritos, entre na página que você quer marcar como favorita, aperte o botão “Menu”, entre em “Marcadores”, “Novo Marcador”, dê um nome ao link e depois clique no botão central. Depois, clique novamente para confirmar o endereço.
  5. Para sair do WAP, clique no botão “Menu” e, depois, em “Sair do WAP”

Sony Ericsson Z600

  1. Clique no botão com o desenho de um globo
  2. O browser vai abrir uma página de boas vindas
  3. Selecione “Mais”
  4. Clique em “Digitar endereço” e selecione “Novo endereço”
  5. Digite o endereço (por exemplo, http://wap.uol.com.br)
  6. Depois, clique em “Mais”, “Marcadores”, “Novo marcador”
  7. Clique em “OK” para o nome do link e “OK” novamente para confirmar a URL
  8. Para gravar a página em que você está como a nova página inicial do navegador (aquela que vai abrir primeiro sempre que você se conectar ao WAP), selecione “Mais”, “Nova homepage” e clique em “Sim”

 Motorola C650

  1. Clique em “Menu”
  2. Vá para “Acesso Web”
  3. Vá para “URL”
  4. Digite a URL (por exemplo, http://wap.uol.com.br) e clique em “OK”. O browser abrirá o endereço digitado
  5. Para gravar um atalho para a página, entre na página e mantenha o botão “Menu” (acima do direcional) pressionado. Depois, clique em “Sim” (para designar o atalho). Agora, digite o nome e escolha o número do atalho (de 1 a 99). Depois, selecione “Conclui”.
  6. Para ir à página do atalho gravado, aperte o botão “Menu” seguido pelo número do atalho. Mesmo desconectado, o browser se conectará e entrará na página.
  7. Você também pode encontrar seus atalhos web (na verdade, WAP) em “Menu”, “Acesso Web”, “Atalhos Web” e selecionando o link e clicando em “Acessar”

Motorola V710

  1. Aperte o direcional para baixo (ou vá em “Menu” e depois em “WAP”)
  2. Agora, vá em “Menu”, “Ir para URL”
  3. Digite a URL (por exemplo, http://wap.uol.com.br) e cliquem em “Pronto”
  4. Selecione “Ir”
  5. Para guardar como endereço favorito, entre na página, vá em “Menu”, “Favoritos” e selecione “Marcar site”

LG G7100

  1. Mantenha apertado o botão “OK” (azul)
  2. Clique em “Opções” (depois que carregar a página) e em “Ir para URL”
  3. Digite o endereço (por exemplo, http://wap.uol.com.br) e dê “OK”
  4. Para gravar como favorito, entre na página e clique em “Opções”, “Salvar como favorito”. Clique em “OK” para para confirmar o título e pronto.
  5. Para acessar um item dos favoritos, clique em “Opções”, “Favoritos”, selecione o link e clique em “OK”, e depois em “Conectar”

LG G5400

  1. Em primeiro lugar, adicione a nova URL aos favoritos: entre no menu do celular, cliquem em “Internet” > “Favoritos” > “Adicionar novo”, digite a URL (por exemplo, http://wap.uol.com.br) e clique em “OK”, digite um título e clique em “OK” também.
  2. Agora, entre novamente em “Favoritos”, selecione o link, clique em “OK” e, depois, em “Conectar”

Samsung A725

  1. Pressione o direcional para baixo (ou entre em “Menu”, “WAP”, “Acessar WAP”)
  2. Clique em “Menu”, “Ir para URL”
  3. Digite a URL (por exemplo, http://wap.uol.com.br) e clique em “OK” duas vezes
  4. Para adicionar a página aos favoritos, entre no endereço, clique em “Menu”, “Favoritos”, selecione “Marcar site”, clique em “OK” e, depois, em “Salvar”

Samsung Light Cam

  1. Aperte a tecla “i” ou “C”
  2. Selecione “WEB” e dê “OK”
  3. No site WAP da Vivo, vá até o link “Portais” (ou aperte a tecla 5) e depois em “UOL” (ou tecla 5 de novo), por exemplo
  4. Para acessar os favoritos depois, acesse o WAP e mantenha a tecla “Menu” pressionada. Vá até “Favoritos” (ou tecla 3) e dê “OK” sobre o link do “UOL

Samsung E700

  1. Aperte a tecla “i”
  2. Aperte novamente a tecla “i” (depois que o celular abrir o browser)
  3. Selecione “Ir para URL”
  4. Digite o endereço (por exemplo, http://wap.uol.com.br) e clique em “OK”
  5. Para adicionar aos favoritos, aperte a tecla “i” e depois novamente a tecla “i” (depois que o celular abrir o browser). Entre em “Favoritos”, selecione um espaço vazio, digite o endereço WAP (do UOL, por exemplo) e clique em “OK”. Insira um nome para o link e dê “OK” de novo.
  6. Depois, basta selecionar o link favorito e clicar em “Ir”

Samsung C200

  1. Clique em “Menu” > “Caixa de Diversões” > “Navegador WAP” > “Favoritos”, selecione um espaço vazio, insira a URL, insira um nome para o link e clique em “Inserir”.
  2. Depois, basta selecionar a URL e clicar em “Ir para URL”

Nokia 6225

  1. Clique em “Menu” > selecione “Mini-browser” e clique em “Conectar”
  2. Para acessar um endereço, repita o passo 1 e, depois, clique em “Menu” > “Abrir página” > clique em “Editar”, digite a URL (por exemplo, http://wap.uol.com.br) e selecione “Ir”
  3. Para gravar nos favoritos a página em que você está, vá no menu do browser e, depois, em “Marcar página”

Nokia 7250i

  1. Clique em “Menu” > “Serviços” > “Marcadores” > “Opções” > “Novo marcador”, digite a URL (por exemplo, http://wap.uol.com.br) e clique em “OK”. Agora, digite um título e clique em “OK” novamente.
  2. Para acessar o link, clique em “Opções” sobre o link que você criou e em “Ir para”

Nokia 3205 – idêntico ao Nokia 6225

Siemens MC 60

  1. Clique em “Menu” > “Naveg./Lazer” > “Internet” > “Favoritos”, selecione um espaço vazio e clique em “Opções” > “Nova entrada”, dê um título e clique em “Pronto”, digite a URL (por exemplo, http://wap.uol.com.br) e escolha “Pronto”. Depois, clique em “Salvar”.
  2. Para entrar no endereço, selecione o link favorito que você criou (em “Favoritos”) e clique em “Ir”

Siemens C60 – idêntico ao Siemens MC 60

Siemens A55

  1. Entre em “Menu”, “Navegar/Lazer”, “Internet”, “Favoritos”
  2. Selecione um espaço vazio e clique em “Menu”
  3. Clique em “Editar”
  4. Dê um título e clique em “Pronto”
  5. Desça para o campo de URL, digite o endereço (por exemplo, http://wap.uol.com.br) e depois clique em “Pronto”. Agora, selecione “Salvar”.
  6. Para acessar o endereço, selecione o link e clique em “Ir”
atilac qua 26.jan.2005 22:31:00

31.10.2004

Vejam o que vocês jogaram no lixo, bando de imbecis

Infelizmente, só vi este texto agora. 

Vale para a massa de “esclarecidos” saberem o que jogaram no lixo.

*****

Caros amigos,

Há momentos em que temos de nos manifestar em termos de opções políticas. A atual administração me pediu para checar as suas cifras. Uma visão externa frequentemente ajuda. O que trago é um depoimento.

Só os inconscientes não vêm o drama social desta cidade. Cidade Tiradentes, na Zona Leste, tem uma taxa de crescimento demográfica de quase 8%, uma população em idade ativa de 124 mil pessoas, e 2.274 empregos formais. Quase 80% dos chefes de família têm uma renda de menos de 5 salários mínimos. Parelheiros, na Zona Sul, tem uma taxa de crescimento de 7%, uma população em idade ativa de 70 mil pessoas, e 4.592 empregos. Os que têm menos de 5 SM somam 83% dos chefes de família. Perus, na região noroeste, tem uma taxa de crescimento de 7%, uma população em idade ativa de 72 mil pessoas, e 2.939 empregos formais. Com menos de 5 SM, 76% dos chefes de família. Pinheiros, na Zona Oeste, tem um crescimento demográfico de – 2,4%, uma população em idade ativa de 198 mil pessoas, e uma quantidade de empregos que atinge 238 mil. Em Pinheiros, apenas 16% dos chefes de família ganham até 5 SM, 45% ganham mais de 20 salários mínimos.

Todos os dados que tive ocasião de analisar coincidem em termos territoriais: são as mesmas regiões que têm maior crescimento demográfico, que têm menos empregos, que têm um IDH mais baixo, que apresentam maior taxa de gravidez adolescente, maior índice de criminalidade, menor nível de renda. Os quatro exemplos de subprefeituras que apresentamos acima, com dados de 2000 de diversas instituições, nos levam a uma conclusão óbvia: o reequilibramento social e econômico da cidade é de longe o principal problema, e constitui inclusive o melhor interesse de médio prazo da própria população rica da cidade. Ninguém lucra com o caos que foi se instalando durante décadas de investimentos centrados nos bairros prósperos e na circulação automobilística.

Isto tem implicações práticas. A cidade não cresce onde há mais empregos, pelo contrário, cresce onde há menos. Pinheiros, inclusive, perde população. Em consequência, a necessidade de transporte público decente e mais barato para esta massa de população que diariamente se desloca das regiões de habitação para as regiões de trabalho, constitui uma prioridade de primeira ordem. Uma faixa para transporte coletivo transporta por hora cerca de 8 vezes mais pessoas do que uma faixa de automóveis particulares. É prioridade. Hoje as vans, que apostavam corridas com os ônibus para pegar passageiros nas avenidas, alimentam as linhas estruturais, que se tornaram mais rentáveis. Foi organizada uma divisão de trabalho. Hoje o passageiro pode otimizar a sua viagem pegando dois ou mais ônibus/vans, sem pagar mais. Isto significa economia de tempo para a população, e significa um aumento muito significativo da produtividade sistêmica da cidade. Quem conhece a dureza das negociações para se obter este tipo de ordenamento – com todas as ameaças possíveis envolvidas – sabe a coragem, obstinação e planejamento que foram necessários. Transporte público melhorado para a periferia significa um reequilibramento muito forte em termos de redistribuição de renda.

O essencial da criminalidade, da gravidez adolescente e outros dramas se dão nestas regiões da cidade. Ao se construir infraestruturas escolares que constituem não só “escolas”, mas espaços de integração comunitária e de atividades culturais – inclusive nos fins de semana – em regiões onde não havia infraestrutura nenhuma, gerou-se um impacto impressionante de reconstrução de capital social. Visitei o CEU de Guaianazes, discuti a sua gestão e formas de inserção comunitária. Não sou nenhum Kofi Anan, mas conheci soluções educacionais inovadoras em numerosos países onde trabalhei no quadro das Nações Unidas, e não tenho dúvida em afirmar que se trata de uma inovação ao mesmo tempo corajosa e rentável: pois a rentabilidade de uma iniciativa deste tipo se mede em termos de resultados não só educacionais,
mas também de articulação social. E todas estas infraestruturas privilegiaram as regiões mais pobres, gerando um reequilibramento igualmente significativo.

Todos sabemos que é melhor ensinar a pescar do que dar peixe. Mas para que as pessoas possam pescar é preciso criar infraestruturas adequadas. Mais de um quarto dos domícilios são hoje chefiados por mulheres que têm de buscar renda e cuidar de crianças ao mesmo tempo, em regiões sem empregos. Enquanto não se criam as infraestruturas adequadas – por exemplo no quadro do projeto de desenvolvimento econômico da Zona Leste, – é preciso ajudar as famílias com renda mínima, bolsa família e outros programas sociais que hoje atingem 1,4 milhão de pessoas na cidade. Assegurar que as pessoas que estão no limiar da miséria tenham um mínimo de renda para se alimentar constitui sólido investimento: o Banco Mundial calculou que 200 dólares que se deixam de gastar com uma gestante necessitada resultarão em 20 mil dólares de gastos durante a vida de uma pessoa que foi desnutrida quando mais precisava de cuidados. Os programas de apoio econômico à população mais vulnerável constituem hoje em São Paulo um gigantesco esforço de organização, de unificação de cadastros, de controle de uso dos recursos, esforço este que é estudado e seguido por diversos organismos internacionais, pois constitui um dos maiores esforços deste tipo já empreendidos.

Ah, mas as taxas! A prefeita Luiza Erundina, de quem tive a honra de ser Secretário, entregou a prefeitura com uma dívida da ordem de 4,5 bilhões, a dupla Maluf/Pitta elevou esta dívida para 22 bilhões, e hoje está em 27,6 bilhões. Ao elevar a dívida em 18 bilhões, Maluf e Pitta não precisaram cobrar impostos nem cobrar taxas: simplesmente jogaram a fatura para o administrador seguinte. Com isto, a gestão Marta se viu obrigada a pagar 13% da receita para administrar a dívida. Em termos políticos, não há dúvida que é muito mais esperto quem onera o futuro da cidade, do que quem enfrenta o desgaste de levantar o dinheiro das suas obras. Mas em termos de racionalidade de gestão, também não há dúvida sobre quem é um administrador responsável. Mas a desinformação é terrível: o paulistano não entende que
está pagando sob forma de impostos 1 bilhão por ano para empurrar a dívida essencialmente construida durante a era Maluf/Pitta, montante incomparavelmente superior às taxas de lixo e outras criadas pela administração atual. Aliás um processo lamentavelmente semelhante se deu com a chamada “estabilidade financeira” do governo de Fernando Henrique Cardoso, que elevou a dívida de cerca de 100 para cerca de 800 bilhões de reais, chegando a pagar 49% de juros aos intermediários financeiros, e entregando esta dívida ao governo Lula com uma taxa de 24,5%, quando os juros internacionais estão na faixa de 2%. Hoje o dinheiro dos juros desta dívida sai dos nossos bolsos, sob forma de imposto que nunca precisou ser formalmente criado. E se chamou esta era de “estabilidade”. A grande diferença, é que as taxas são criadas de forma aberta, oneram mais quem mais usa os serviços, isentam os pobres da cidade, e constituem uma forma mais de transferência de renda dos mais ricos para os mais pobres. Falar mal do governo, de qualquer governo, e criticar os impostos, sempre dá Ibope. Mas o que é realmente perigoso são os impostos escondidos sob forma de endividamento, e o que é realmente importante é que o imposto seja assumido, cobrado de quem gera custos, e transformado em iniciativas que nos tirem
gradualmente do desastroso desequilíbrio social herdado.

Não vou aqui entrar na descrição das diversas dimensões da gestão, como não vou entrar na discussão sobre quem é mais simpático. O que me interessa realmente, é que eu sei profissionalmente avaliar uma administração, e ao ver o resgate dos mecanismos de planejamento realizados nestes quatro anos por Jorge Wilheim, a eficiência impressionante da equipe de Márcio Pochmann nos programas de desenvolvimento econômico e de redistribuição de renda, a racionalização do sistema de transporte, a multiplicação de telecentros na periferia, a transformação essencial que vai significar a implantação das subprefeituras em termos de desburocratização e democratização da cidade, a dinâmica dos programs culturais e tantas outras realizações em curso – fico na angústia da nossa eterna praga, de um novo administrador que diz que vai fazer tudo diferente ou melhor. Na minha visão, são centenas de técnicos de primeira linha que desenvolveram um imenso esforço nestes quatro anos, e que merecem um segundo tempo. E sobretudo, São Paulo merece a continuidade do reequilibramento social empreendido.

Eu voto Marta sem nenhum problema nem dúvida. Confesso que fiquei surpreendido com a amplitude de realizações, e a explicação que encontrei é a seguinte: a Marta sabe escolher os seus secretários, e saber escolher um bom time é de longe a principal qualidade de um administrador. A minha simpatia mesmo é com a massa de pobres das periferias desta cidade, que pela primeira vez são tratados de maneira diferenciada.

Peço ao leitor que veja estas linhas não como uma agressão a quem pensa diferente, mas como uma contribuição. Para quem achar que vale a pena, os dados básicos da gestão estão no documento acessível no site abaixo. E não é um documento da área da briga de galos, mas do pessoal de linha que luta pelas realizações.

http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/governo/balanco/0003

Um abraço, 

Ladislau Dowbor

São Paulo, 25 de outubro de 2004

Nota: amanhã, segunda-feira 25, no Hotel Hilton, Av. Ipiranga 165, às 20 horas, haverá uma reunião de intelectuais, cientistas, artistas etc., em apoio à continuidade da atual equipe de gestão, estamos todos convidados.

*****

Ladislau Dowbor é formado em economia política pela Universidade de Lausanne, Suiça; Doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, Polônia (1976). Atualmente é professor titular no departamento de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, nas áreas de economia e administração. Continua com o trabalho de consultoria para diversas agencias das Nações Unidas, governos e municípios, bem como do Senac. Atua como Conselheiro na Fundação Abrinq, Instituto Polis, Transparência Brasil e outras instituições. 

Foi consultor do Secretário Geral da ONU, na área de Assuntos Políticos Especiais (1980-81). Dirigiu vários projetos de organização de sistemas de gestão econômica, na qualidade de Assessor Técnico Principal de projetos das Nações Unidas, em particular na Guiné Equatorial e na Nicaragua. É consultor de vários governos, particularmente para a organização de sistemas descentralizados de gestão econômica e social (Costa Rica, Equador, Africa do Sul).

Ou seja: este homem sabe o que diz.

atilac dom 31.out.2004 21:20:00

24.10.2004

Saudades daqui.

atilac dom 24.out.2004 07:35:00