Nofronha
Conhece aquele comentarista da Globo, o Sérgio NOFRONHA?
Depois da pescada que deu ao vivo, o apelido lhe caiu bem.
Elucubrações sobre a Vida, o Universo e Tudo Mais
Conhece aquele comentarista da Globo, o Sérgio NOFRONHA?
Depois da pescada que deu ao vivo, o apelido lhe caiu bem.
Sem querer, o câmera da TV Globo pegou o Noronha, comentarista da Copa do Mundo da emissora, dormindo ao vivo. Vale a pena baixar pra dar umas risadas. O cara ficou totalmente sem graça. hehe
Foi uma grande vergonha o que Itália e México fizeram depois que a Azzurra conseguiu o empate e ambos ficaram sabendo da derrota da Croácia para o Equador.
Classificados, os jogadores dos dois lados ficaram tocando a bola no meio, sem que um avançasse para o campo do outro. Atitude completamente anti-esportiva. Muito mais séria e grave que a encenação do Rivaldo contra a Turquia, principalmente porque influenciou o placar da partida.
E aí, FIFA, o que o senhor Josef Blatter vai fazer a respeito? Bater palmas?
Uh… Hum… Ah…
Vera Verón não jogou picas. Batichupa, nada. Urtiga, lhufas. E a Suécia defendeu como ninguém, com direito até a defesa de pênalti (só tomou o gol de rebote porque a defesa vacilou e deixou o arrrentino passar). Mesmo assim, foi muito bem. Uma muralha.
1 a 1 foi justo. Justo para tirar a Arrrrrentina da Copa. Tá de bom tamanho. Não humilha, mas também não dá esperanças.
Agora só sobrou um grande favorito ao título, e somos nós. Tomara que também não decepcionemos.
E o Brasil está classificado. O empate entre Costa Rica e Turquia, em 1 a 1, deu a classificação antecipada para os canarinhos.
E também me deu três pontos no bolão da assessoria. YES! Continuo na briga pela grana. hehe
Nome mais simples para esta Copa:
Copa da Japoréia do Sul – 2002
(Vi “Japorea” numa das listas de futebol de que participo.)
Derrubando mitos e tabus – E não me venham com essa de que futebol é o ópio do povo, é instrumento da ditadura, etc, etc, etc. Não dou crédito a isso porque, muito antes de nossa ditadura ser instaurada, os brasileiros já eram fanáticos por futebol. Em 1950, 200 mil pessoas lotaram o Maracanã. Em 1958 e 1962, fomos bicampeões mundiais. Só tivemos uma Copa ganha durante a ditadura, a de 1970 – depois, nunca mais.
A não ser que você considere o governo Itamar Franco como resquício da ditadura militar, não dá pra dizer “eu não gosto de futebol porque isso é uma forma de enganar o povo para encobrir as barbaridades políticas e a situação miserável do país”. Mesmo porque, se assim fosse, nossa situação miserável só seria inteiramente encoberta por um mês a cada 4 anos. Num país politicamente consciente, isso não faria diferença nenhuma. Se no nosso faz, o problema está em outro lugar, não no futebol.
Derrubando mitos e tabus – Os brasileiros e os profissionais de alguma forma ligados ao futebol costumam dizer que o futebol arte morreu no exato instante em que acabou a partida do Brasil contra a Itália, em 1982, na Copa da Espanha. Depois de ler algumas coisas sobre Copas anteriores à de 82, não consigo mais concordar com essa afirmação.
Uma das coisas que li é que, na Copa de 1954, a Hungria jogava com um futebol bonito, que podia ser considerado arte. Foi às finais, inclusive depois de ganhar um jogo contra o Brasil, e perdeu. Perdeu para o futebol força alemão, tradicionalmente feio, duro e ranzinza.
Por que será que, nessa época, ninguém se atreveu a dizer que o futebol arte morrera? Só porque a Copa era uma criação relativamente recente? Ou porque o Brasil ainda jogava bonito? Brasil, sim, porque, antes de Garrincha, Pelé e cia., houve pelo menos um jogador considerado grande e mestre: Leônidas, o inventor da bicicleta, um dos maiores jogadores do São Paulo de todos os tempos, mas certamente o primeiro grande.
Bom, voltemos a 1982. Por que, então, todos – principalmente, os brasileiros – insistem em dizer que o futebol arte morreu na derrota para a Itália? Não sei, porque não sou analista nem psicólogo das massas. Mas talvez – e muito provavelmente – tenha relação com o fato de não aceitarmos – nem nós nem ninguém – aquela derrota absurda e inexplicável para os italianos.
A não-aceitação da derrota foi muito bem analisada por Tales A.M. Ab’Sáber, psicanalista que escreveu um belíssimo artigo na penúltima edição do caderno Mais!, da Folha de S. Paulo, como vi depois de pensar em escrever este post (só vi o conteúdo dessa edição esta semana). O desejo de apagarmos da memória a Tragédia do Sarriá é tão grande que acabamos inventando desculpas para justificar a derrota da nossa melhor seleção de todos os tempos – talvez a melhor de todas em toda a história das Copas.
Se você não tem um email do UOL para ler o artigo, clique no link abaixo para ver o artigo completo.
Coincidência espantosa. Mas também muito agradável para nós, brasileiros.