O precedente que as grandes gravadoras no Brasil aguardavam

A reportagem sobre a prisão do brasileiro que comercializava MP3 na Internet é de autoria do Paulo Rebêlo, do Webinsider.

A pergunta dos internautas – sobre as razões de as grandes gravadoras se preocuparem com o Alvir Reichert Júnior, do MP3 Forever, e não fecharem barraquinhas ou prenderem grandes piratas – procede em parte.

Não dá para considerar Reichert inocente, muito menos compará-lo a internautas/consumidores normais. Pela descrição que a reportagem faz do negócio, ele era, sim, ao seu modo, um criminoso tão grande quanto os que fabricam CDs piratas em larga escala ou como os vendedores de barraquinha (que existem aos montes na rua Santa Ifigênia e no bairro da Liberdade, ambos no centro de São Paulo).

Reichert obtinha lucro direto com os MP3, ao contrário da maioria dos internautas, que, segundo os advogados, obtêm lucro “indireto” (entre aspas porque não sei se concordo com o termo e o conceito embutido).

Concordando ou não com os termos, conceitos ou com o caso em si, o fato é que a prisão de Reichert cria um precedente relacionado ao MP3 no país que não havia antes. A briga entre as grandes gravadoras e os internautas acaba de chegar ao Brasil.

atilac qua 10.set.2003 09:06:00

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