
Adiós, Firefox
Eu sempre fui usuário fiel do Mozilla Firefox desde o seu lançamento, há mais de 20 anos, seja no Mac, seja no Windows. Nunca adotei o Chrome porque ele sempre deixou minhas máquinas mais lentas e também porque não me sentia confortável em ter toda a minha vida baseada em serviços do Google – já tá bom demais usar Gmail, YouTube, Search e Drive. Vivi os melhores momentos do browser, quando ele chegou a ter cerca de 30% do market share, na primeira metade dos anos 2010, e continuava fiel, mesmo com apenas 3% do mercado. Continuava porque, ontem, eu decidi deixar o Firefox, depois de todos os problemas e polêmicas em que a Mozilla tem entrado nos últimos anos, envolvendo privacidade dos seus usuários e falta de transparência no uso dos seus recursos financeiros.
Como substituto, cheguei a baixar e configurar o Ungoogled-Chromium, versão do Chromium (browser open-source que é a base do Chrome) sem nenhum serviço ou código do Google, mas, só depois que terminei a migração, descobri que ele não tem sync entre dispositivos diferentes, função que uso bastante pra compartilhar navegação entre o Mac e o iPhone. Adotei, então, o Safari, que é nativo, tem desempenho ótimo e as funcionalidades que eu uso no dia-a-dia. Apesar de ele ser péssimo em variedade de extensões/add-ons, pelo menos encontrei as que costumo usar.
Acho que já testei todos os browsers que existem pra Windows e Mac, mas usei pra valer mesmo poucos. Na sequência: o saudoso Netscape, o terrível Internet Explorer, o Firefox e, agora, o Safari. O Chrome eu sempre usei de uma forma ou de outra para trabalhar, não como opção pessoal. Entre todos, o Firefox foi, de longe, o que usei mais tempo.
É o fim de uma era. Uma era que durou 137.0.2 versões.
Adiós, Firefox.