Amo minha família. Demais, demais, demais. Adoro passar o final de semana na minha avó, ou na minha tia batendo papo e vendo TV com meus primos. Quando rola churrasco, então, nossa, é perfeito, porque todo mundo se reúne e é aquela zona -e eu adoro uma.

Hoje, meu tio Jubi fez um churrasco na casa da minha Vó Creuza, mas não chamou ninguém. Não foi nada grande porque não ia ficar muito tempo, só almoçar e voltar pra casa. Ele queria chegar a tempo de ver o jogo do Santos, que só passou no pay-per-view. Mesmo assim, foi gostoso. Conversei bastante com ele sobre a gente, o jornalismo, minhas decepções com as pessoas em geral. E, como sempre, ele me deu umas dicas de vida bem bacanas. 

Mas o destaque do dia ficou com a minha Vó. Sempre que vou lá, alguém me pergunta se estou namorando e, como a resposta tem sido não, também querem saber por quê, se eu não to a fim de ninguém, etc, essas coisas de tia. Hoje, quem perguntou foi minha tia Lizely, que, apesar de tia, tem só 27 anos (ela é a segunda esposa do Jubi, que tem uns 40).

Respondi que to sozinho, mas que até to bem. Minha vó, que tava do lado na hora, ouviu e emendou um “claro que está namorando”. Não entendi e perguntei: “eu to?”. “Tá, sim”, respondeu ela. “Porque agora você pode namorar toda mulher que vê na rua. Tem que aproveitar.”

Eu achando que minha avó fosse dizer que era melhor eu ficar sozinho porque quando eu namoro fico abobalhado, ou que eu não deveria ficar triste porque logo encontraria uma mulher bacana, mas nada! A véia estava candidamente me incentivando a flertar (putz, que verbo mais puritano!) com toda a mulherada sem compromisso nenhum! Brincadeira, viu? Aonde esse mundo vai parar?