É legal (não no sentido jurídico) poder pagar menos da metade do preço por qualquer produto de informática em lojinhas como as do Stand Center, que fica na Paulista. Isso só é possível porque os vendedores importam os produtos sem pagar impostos, a não ser a “comissão” do contrabandista.

Imagine só, pagar R$ 1.300 reais na última palavra em fotografia digital da Sony, a Cyber-shot P92? Maravilhoso. Mas existe um contra em todos esses prós: a garantia.

Hoje tive a maior demonstração de como a garantia é importante. O monitor que vendi pro meu irmão há quase um ano pifou (para os curiosos, a marca é LG). Ele ficou desesperado atrás de mim, perguntando se o produto ainda estava no prazo de garantia. Perguntou isso porque sabe o monitor é a única peça que faço questão de comprar com nota fiscal, tudo direitinho. Afinal, é uma das partes mais caras com PC.

Caso eu não encontrasse ou não estivesse mais na garantia, o Ícaro teria de comprar outro, ou seja, gastar uns R$ 600 num modelo de 17″ como o que pifou ontem à noite. Uma merda, principalmente para quem está sem grana, como ele e eu.

Vasculhei alguns cantos aqui e acabei encontrando a nota fiscal. Liguei para a loja e o vendedor confirmou o tempo de garantia: 36 meses. Como comprei no mês de julho de 2001, ainda faltam vários meses até a garantia acabar.

Sorte do meu irmão, que não vai precisar comprar outro monitor. E um aviso pra todos que, como nós dois, adoram dar uma de espertinho e comprar tudo na mutreta, sem nota fiscal, pra gastar muito menos.

PS: isso não significa que todos devem deixar de comprar produtos sem nota. Tem muita gente aí que não poderia comprar um microcomputador se não se utilizasse desse meio. Essa é uma forma de obrigar o governo a baixar os impostos e as empresas a baixarem os preços. É mais ou menos como no caso do MP3. Alguém aí discorda?