O absurdo de Manuela
Demorei pra postar isso, mas pelo menos está aqui.
Quem está acompanhando a minissérie O Quinto dos Infernos, deve ter visto o episódio em que a Danielle Winnits (perdão se não for assim o nome, estou com preguiça de confirmar) foi estuprada pelo padrasto num dia e, no seguinte, por 30 soldados franceses, mais ou menos. Não bastasse forçar a barra com dois episódios extremamente absurdos (pelo pouco tempo entre um e outro), o autor, e depois o diretor, mostraram uma imensa insensibilidade com as mulheres que já passaram pelo trauma.
Como? Poxa, veja as cenas e os episódios seguintes: um ou dois dias depois de ser estuprada, Manuela aparentava estar muito bem. Apareceu chorando na diligência em que pegou carona para chegar a Lisboa, sim, mas só.
A força psicológica da personagem era tanta que chegou a dizer, na cama com Francisco Gomes, que “não queria se esquecer do que aconteceu para lembrar que Gomes era um homem diferente”.
Porra, fala sério!
Update: como bem lembrou minha prima Kelly, o autor conseguiu se superar. No mesmo dia em que transou com Gomes, Manuela descobriu que estava grávida. Só assim se deram por satisfeitos.